20 junho 2011
Teia - Poema de Afonso Rocha / Música de James Blunt - Goodbye My Lover
Teia
Recebi o punhal de mãos abertas. E a salvação. Como quem recebe algo místico. Mas com a sensação de presente envenenado. Roubaste-me o coração. Do peito aberto caem folhas secas, onde outrora dormiam frutos coloridos e doces. Roubaste-me a seiva. Meu corpo amolgado é prensado. Restam apenas duas lágrimas. Uma de fel, outra de mel. Roubaste-me a matéria. Mas a vida renasce. Transformado em húmus. Árvores gigantes com troncos hercúleos brotarão da terra negra. Onde os escolhidos se abrigarão e serão amados.
Com sorrisos.
afonso rocha
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Gosto do enredo desta teia!
Nesta teia se adivinha o entrecruzar de três poemas(um a branco , um a cinza e um colorido), que se completam para desvendar um corpo ao qual a alma foi roubada e o coração atingido...que vítima dum doce sofrer primeiro regista no final o eclodir duma nova VIDA! ( Alguém renascendo para o Amor!?)Lindo o que escreves e como o escreves...brigada Afonso
Sempre vai haver um novo amanhã e o amor renasce das cinzas e faz brotar a seiva no coração.
Estou te seguindo, mas a fotinho vai lá para o finzinho, tá...não sei o motivo.
beijos e ótima semana!
Mariz
quase todos somos apanhados pela TEIA, mas ela ao contrário do que possa parecer, fortalece, imprimindo um novo olhar ao que nos rodeia...gosto da tua TEIA
beijo meu querido Afonso é bom passar por aqui e ler-te enche-nos...obrigado
Ana Bárbara
Bela música. Bela voz. Belo poema.
Obrigada pelo momento.
Um beijo.
Enviar um comentário