Escravos...não
Desço da ponte de mim onde as româs
se abrem como uma flor suspensa de ti
Olho com prazer teus mamilos eretos
envoltos na bruma cinzenta da noite...
Vislumbro nenúfares acariciando tua pele
e fico seduzido pelo teu cheiro a terra...
Aproximo-me enrolas-te tímida...
e como amantes transformamo-nos
em flor de lótus iluminando a noite escura
Almas selvagens errantes sussurram
na noite miragens que iluminam os dias
onde corpos se fundem alucinados
numa amálgama de frutos flores e sêmen...
Onde os ramos de tangerineira
formando coroas caem no abismo dos vivos
perfumando o ar que respiram...
Seremos deuses adúlteros ou selvagens
escravos...NÂO
afonso rocha
5 comentários:
Belo!...A ingenuidade das palavras aparentemente simples , expostas na sensibilidade dum poema intenso! Parabéns Afonso e obrigada por partilhares connosco esta pérola! bj
Caro Afonso...tenho um amigo que é poeta me costuma dizer que eu vejo na poesia coisas que quem a escreve nem pensou! Sofro duma certa impulsividade na hora de dar a minha opinião ...por isso refreio-me um pouco...espero que me perdoes ! De facto eu acho que a tua poesia não se sente apenas com o coração e o cérebro...ela sente-se com cada poro ...leva-nos a uma viagem para além do senso comum...através dela se desbrava sonhos do impossível para depois se aterrar em êxtase no mundo real das sensações mais inusitadas e fantásticas que conduzem , inevitavelmente , ao delírio dos que se mostram abertos e sensíveis ao Belo! Estou-te delicadamente grata pela amabilidade em convocares-me particularmente para apreciar as tuas criações ... Bem Haja Afonso por seres como és! bjinho com carinho
aurora
Caro Sr Afonso
Bom que tenha conseguido descer da ponte.
Estou em um Horizonte que nem ponte tem.
Olha com prazer mamilos eretos...?
E se caírem?
Que importância tem?
Se nenúfares acariciassem minha pele...
Eu ficaria seduzida também.
Com carinho
Parabéns pela postagem!
Fátima
Magnífico poema, pleno de sensualidade, bem traduzida pelas excelentes imagens poéticas criadas.
Gostei muito, como é óbvio.
Caro amigo Afonso, bom Domingo.
Abraço.
um poema com um erotismo q.b. com estrofes que são de uma inegavel beleza.
gostei!
Beij
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