05 setembro 2010
A caneta de tinta permanente
A caneta de tinta permanente
Sempre adorei escrever com tinta permanente...
e desenhar tb.
Dei-me ao luxo de oferecer a mim próprio uma Mont Blanc...
enorme, preta...daquelas que se agarram com a mão toda...
e por sequência as coisas tb saem cheias.
Roubaram-ma. Chorei. Não o dinheiro, embora fosse cara...
mas porque tornou-se uma companheira inseparável.
Era a minha confidente.
Mais tarde, comprei uma baratinha...
mas com um aparo excelente...visto que foi concebida para escrever...e de diversos estilos...
conseguia fazer um risco enorme...sem reticências...um traço pleno, comprido...mas fino.
Era excelente para desenhar.
Um dia emocionei-me com um amigo...
e ofereci-a. Vai para cima de 10 anos.
Sei que a guarda religiosamente...pois quando me encontra fala sempre na caneta e na nossa amizade...compartilhando as palavras com todo o mundo que lhe é querido, fazendo-me algumas vezes corar.
É um excelente músico. Um amigo de peito que agora raramente vejo...desde que se mudou com toda a bagagem para o campo....
Ah! A caneta baratinha...mas excelente...
era uma Art Pen da Rotring.
Depois, comprei uma Dupont em prata com dois aparos. Faz juz à propaganda. Caneta cara deve ter bom aparo...logo desenha bem e escreve ainda melhor.
Só tem um senão.
Às vezes não me apetece desenhar nem escrever...
e ela não me ajuda nada.
Será egoista???
Bom...a publicidade e o folheto informativo que aconpanha a caixa tb nada diz acerca disso.
Mas a verdade é que quem escreve com permanente...
escreve com o coração e alma ardente!!!
afonso rocha
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5 comentários:
Bom dia
Hoje passei por aqui e gostei da caneta de tinta permanente.
Nem queira saber o que nos aconteceria se elas agora nos mandassem escrever, sem regras nem horas, acentos ou pontos de passagem e ainda o STOP.
Irei passar mais vezes.
A Mont Blanc pagaria-te uma fortuna por este lindo comercial...kkkkkk...muito bom poder voltar aki e reler-te até sentir-me seca de sensações...muito bom mesmooo!
beijos meu amigo...Felicidades!
As Art Pen... havia umas quantas com vários aparos. Bonitas mas, pelo menos uma delas, muito áspera... ou então não encontrei na altura ninguém que me adoçasse o meu traço! Perdi-lhe o rasto sem a ter entregue de alma e coração a ninguém. Um dia destes compro uma caneta de tinta permanente e talvez a consiga oferecer ou, quem sabe, alguém me ofereça uma!
Gostei!
Abraço!
Ah!, se nossos atos não são, e se nossos sentimentos não são, e se nosso sangue não é, e se nossa mente... ou a vida...
Se tudo isso não é uma caneta de tinta indelével.
Fantástico.
Adorei sua escrita, embora não seja a caneta. rsrs
Beijo e obrigada pela visita!
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