12 julho 2010
Erik Satie - Gnossiennes No.1
Vasos comunicantes
As palavras que não disse
e que ficaram presas
verticalmente
na minha garganta...
como se isso fosse possível...
tal estendal de roupa
com peças sonoras
repetidas...
convenientes...
doces
amargas
coniventes...
anjo ou demónio...
cordas esticadas
e dilaceradas...
como um piano
Vocais
sempre a circular
num movimento
contínuo...
Penso...
e nada digo
o sangue
a palavra
o sangue da palavra...
sempre.
afonso rocha
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Olá:)
Obrigada pela visita e pela forcinha.
O blogue está parado mesmo... daí o atraso no agradecimento.
Abraço
As palavras podem trair-nos mas que nunca nos sintamos traídos por não as proferir!
Abraço!
Excelente, caro amigo.
Poesia assim dá gosto ler.
Já publiquei esta música com um poema há 3 ou 4 anos. É linda.
Bom fim de semana.
Abraço.
Satie de uma forma tao simples consegue transmitir-nos tanto.
E tu com as palavras vais nos criando belas 'impressoes'.
abraço.
Gnossiennes, sopa de letras, encontros consonantais, palavras, sons. É um bom entrocamento esta rodovia literária do ultramar.
Tudo de bom.
Mil beijos
Obrigada pelo elogio ao meu blog. Pude assim visitar os seus e fiquei encantada, com muita coisa interessante para mim. Tive que dar uma parada no meus blogs, mas logo estarei de volta.
Adorei a frase que encabeça seu comentário, pois encerra o mais importante na vida:sempore aprender mais. Um bjinho de Leda
Poderosa sintonia e góticas gárgulas tristes.
Enviar um comentário